sábado, 31 de agosto de 2013

Amor, Um Sentimento Confuso - Capítulo 2



                            

                                                 Amigo



A casa dos Black era de dois pisos, assim como a nossa, em uma cor branca. Ela ao mesmo tempo que parecia uma casa elegante era modesta a meus olhos, Jacob esperava na varanda sorridente.

–Oi garoto, como você cresceu!- papai abraçava Jack.

–Oi Charlie, Renné.- Então ele olhou para mim.

–Oi Bella- e me beijou no rosto.

–Oi Jacob!

–Não falei que você vinha jantar na minha casa?

–Falou sim -sorri.

Entramos em sua casa e lá dentro sim era muito elegante, logo na entrada tinha uma sala de estar, onde estava Billy Black sentado, assistindo a um jogo na TV de plasma. Só quando me aproximei que percebi que ele estava sentado em uma cadeira de rodas. O pai de Jack era cadeirante? Eu não sabia disso.

Quando nós vimos ele abriu um largo sorriso.

–Charlie! Renné-então me olhou e por incrivel que pareça alargou mais o sorriso-Bella, vejo que você se tornou uma garota muito linda!

E deu uma piscadinha para o filho.

Jacob sorriu constrangido e sussurrou algo para o pai qual não pude ouvir.

Billy nós convidou para sentar e nós fomos até um sofá de couro preto.

–Jacob, porque você não mostra suas distrações para Bella, garanto que ela vai adorar ouvir você tocar.

–Jacob, você toca?

Ele sorriu alegremente e me chamou com a mão.

Levantei e o segui para fora da casa.

Ele pegou em minha mão ao sairmos, eu o olhou intrigada mas se ele percebeu não demonstrou, e eu não soltei sua mão. Ele me conduziu até a trás de sua casa, quando chegamos próximos de uma árvore grande ele me fez contorna-la, então vi uma escada de metal, Jacob largou minha mão e subiu, e ficou me olhando lá de cima.

–Vem Bella!

–É, não sei não...

Ele me olhou confuso por um momento e deu de ombros.

–Vem, senão vou achar que você tem medo de altura.

Ele nem imaginava que era isso mesmo. Eu tinha medo de altura, de escuro e tudo que era diferente.

Mas então para contrariá-lo eu subi as escadas, ao chegar no ultimo degrau percebi o que tinha ali em cima, Jacob tinha uma casa na árvore, mas não era uma casa só de madeira, ela era de madeira no piso e as paredes eram de vidro, era muito lindo ver o verde nos rodeando, nós conseguíamos ver as árvores a nossa volta, mas eu tinha certeza que ninguém conseguiria nós ver, nem saber que ali tinha uma casa na árvore, se não fosse pela escada estreita.

–O que você achou do meu esconderijo?

Esconderijo? Sorri e o olhei.

–Nossa Jack, aqui é muito lindo.

–Eu amo esse lugar, senta.

Analisei o lugar por dentro, vi um sofá de dois lugares, uma cama de solteiro, onde tinha um violão em cima, uma TV comum com um DVD e um aparelho de som.

Sentei no sofá e Jacob sentou-se ao meu lado.

–Você não vai tocar?

Ele sorriu e me encarou por um momento.

–Hãm?

Perguntei o incentivando.

Ele levantou e foi até a cama e pegou seu violão, veio a minha frente e sentou-se no tapete no chão.

Começou a tocar uma musica conhecida, mas eu não estava lembrando qual era. Então ele começou a cantar e percebi, é Led Zeppelin-The Rain Song. Era uma musica muito linda, eu já tinha a ouvido algumas vezes, e nesse momento percebi o como Jacob tinha uma voz bonita, ele tinha uma mistura suave de voz masculina com um doce de criança. Assim como seu rosto, seu queixo tinha certos toques masculinos, como o queixo quadrado, mas seus olhos eram de uma criança pidona ao me olhar, seu sorriso ao desenvolver a letra da musica era a mistura dos dois. Ele finalizou a musica, e então percebi que estava cantando em voz alta o final, eu nem lembrava direito da letra daquela musica mas no final foi como se eu sempre soubesse a melodia.

–Você é muito bom!

–Você também.

De repente um barulho parecido com um interfone ecoou.

–Jacob, venham, o jantar está na mesa.

Era a voz abafada pelo telefone de Billy.

–Jacob desmanchou o sorriso e se levantou, largando o violão e estendendo a mão para me ajudar, aceitei sua mão e levantei, mas ao levantar sem querer me desequilibrei, como sempre né, e caímos por cima do sofá, eu por cima de Jacob.

Senti minhas bochechas esquentarem e vi Jacob olhar em meus olhos, os seus também brilhavam, em expectativa.

–É eu...

Jacob tocou meu rosto e eu sabia qual seria seu próximo ato, naquele momento me veio a imagem de Edward Cullen na cabeça e eu saltei de cima dele.

Ele me olhou intrigado, então ajeitou a roupa e me deu a mão para me ajudar a descer.

Descemos as escadas em silêncio.

O jantar foi bem divertido, Billy não parava de contar piadas que apesar de serem sem graça, nos faziam rir pelo seu modo de contar.

–Pai, para, deixe Charlie comer, assim ele vai sair daqui direto para o hospital.

Todos rimos, e Charlie que já estava vermelho fez cara de bravo.

–Você está me chamando de velho menino?

Jacob olhou para Charlie e viu sua carranca, estremeceu por um momento e quando Charlie desmoronou eles dois gargalharam.

Jacob era filho único do dono da maior agencia de advogados de Forks, na verdade só existiam duas. Billy tinha sofrido um acidente quando Jacob tinha cinco anos, acidente este que levou a mãe de Jacob e os movimentos das pernas de Billy.

–Charlie, mas você acha que eles viriam até aqui?

–Eu não sei Billy, mas espero que não, só consegui perceber que eles são perigosos, e se tenho certeza de uma coisa é que eles não vão desistir, o que o chefe deles mandar, eles fazem, o R7 é muito poderoso, é também vingativo, eu não vou me livrar de seus comparsas tão fácil.

–Mas e a polícia de Nova York não vai te oferecer proteção?

–O certo seria eles oferecerem, mas como o julgamento aconteceu em Washington eles dizem que é a polícia de lá que deve me proteger e minha família.

–E o que eles dizem?

–Me deram a ideia de ir para uma cidade pequena, para só em casos urgentes ir para lá para atuar e manter eles sempre informados dos acontecimentos aqui, foi mantido em sigilo o lugar para onde íamos, mas os cumplices do R7 sempre conseguem o que querem. Eu não sei mas desconfio que o R7 se comunica com sua turma.

Meu pai estava falando com Billy do cara qual ele conseguiu condenar.

Tinha sido um caso muito complicado, pois era um dos maiores chefes da máfia que meu pai estava tentando provar a culpa, seu cliente era o dono de uma empresa enorme de NY, a qual o tal R7 tia roubado, levando a falência. O cliente do meu pai era um homem muito rico, de muitas posses, mas não conseguiu reerguer sua empresa de bebidas, então colocou na justiça o mafioso.

A noite acabou com apenas um abraço constrangido de Jack e um ¨agente se vê amanhã¨.


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