quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A Criança - Capítulo 5




                                 Capítulo 5 - O Lago


Obrigada a minha linda beta, a Joice! *-* Não ei o que seria de minha pessoa sem vocês minhas betas lindas!!



Edson direcionou-se até o quarto, ao chegar lá viu que sua esposa chorava enrolada nos lençóis, sentiu um aperto, e andou até ela com certo arrependimento.

– Jess? Eu...

– Saia Ed, eu não quero falar...

Respondeu ela amarga e deixando as lágrimas rolarem por seus olhos.

Edson se jogou na cama, ao lado da esposa, com um sentimento de culpa, mas sem remorso da pobre coitada, estava com a cabeça em Rose, mulher que há dois meses ele visitava em um hotel barato da cidade. Lembrava-se das curvas perfeitas de Rose, de seu cheiro de sabonete barato, mas que o deixava louco. ¨Ah que mulher’’! Pensava Edson, sem nem ao menos se importar com o sofrimento que passara a sua mulher.

Nesse instante era como se Isabelly soubesse de tudo que tinha se passado ali, ela estava no corredor, se observando no espelho, enquanto sorria vitoriosa.

Ela se balançava de um lado para outro, com seus reflexos fora de foco no espelho.

Desceu as escadas batendo com os pés, fazendo tal rangido inconveniente aquém ouvia, foi até onde Kathe se encontrava brincando com uma boneca e sorriu, sentou-se ao lado da pequena e continuou sorrindo, como se algo que ela planejou tivesse acontecido.

O restante do dia se passou pacatamente, Jessica se recuperou de suas mágoas e foi arrumar a cama de Kathe, com a ajuda de Isabelly, as duas estavam em suas camas e ela voltou para seu quarto, onde Edson assistia a um filme de suspense.

– Senta aqui amor? – Perguntou Edson arrumando o lugar dela na cama.

– Precisamos conversar! - Falou Jessica sentando-se ao lado de Ed.

– Hoje ligaram da delegacia de policia... – Continuou ela.

– Eles acharam os pais da criança? – Perguntou Edson curioso.

– Não Edson, eles querem saber se não queremos ficar com a Isabelly, se não, eles vão transferi-la para um orfanato aqui pelas redondezas, ela é apenas uma criança Edson, não gostaria que minha filha fosse para um orfanato!

– Você quer assumir esta criança como nossa? - Perguntou Edson olhando sério para a esposa, e viu nos olhos dela a preocupação com a pobre menina, a qual conquistara o coração dos dois.

– Se você acha que podemos...

– Tem que saber se você quer isso Ed...

Nesse momento eles decidiam algo que poderia mudar drasticamente a vida da família dos dois, Isabelly não era a doce criança que eles pensavam...

– Por mim podemos ir amanhã registrá-la e arrumar os papeis da adoção ou sei lá como vai ser isso, se ela realmente não tem pais...

– Pois é, vamos passar na delegacia e arrumar isso e já fazer matricula dela na escola de Kathe!

– Sabia que você é uma mulher incrível Jess? – Perguntou Ed, tentando criar um clima, ele estava insaciável desde que começara a sair com Rose.

– Obrigada Ed. – Ela sorriu e deitou-se olhando para a tela da televisão, onde o filme foi parado em uma cena bem picante, onde os personagens estavam nus em uma mesa da casa.

Nesse mesmo momento, ninguém imaginaria o que se passava no lago próximo a casa. Isabelly olhava presa para a casa e a janela do quarto de Edson e Jessica enquanto seus pés flutuavam no lago negro, ela mexia a cabeça de um lado para outro inclinando, como se estivesse pensando na melhor maneira de fazer algo, ela sentia a presença de infelicidade dentro de si, mas a ignorava, ela sentia que aquela família era feliz, e isso era o que ela queria.

Isabelly caminhou lentamente até a casa, subindo, quase sem tocar o chão pelas escadas em caracol, entrando pelo corredor escuro, iluminado apenas por uma luz fraca ao final, ela entrou no quarto de Kathe, a viu dormindo, em um sono tranquilo, imagens da criança sendo arremessada no lago, por suas próprias mãos vieram à cabeça, enquanto isso, uma lágrima escorria espessa por seu rosto branco feito um mármore, mas era uma lágrima em um vermelho escuro, e grosso, era uma lágrima de sangue, qual deslizou por sua roupa, indo cair no chão e desaparecer como água. Seus lábios estavam em um negro da cor do lago, seus olhos azuis, agora eram rodeados por uma névoa vermelha, com o sangue ali, sem ser derramado novamente.

Edson e Jessica se beijavam no quarto, trocando carícias entre eles. Jessica ainda estava um pouco receosa pelo acontecido no banheiro, mas não ia tocar no assunto, só queria se divertir mais um pouco, ela começou a aperta por cima da bermuda o membro de Ed, esse que no mesmo instante sentiu sua ereção, os dois já arfavam quando Isabelly chegou ao quarto deles em um silencio dominante, só os observando, ela observava cada ato dos dois, desde a mão de Jessica á mão de Ed retirando as roupas dos dois, ela observou tudo, detalhadamente ali, do escuro do quarto, até os dois caírem em uma inconsciência, com a televisão anda ligada, Isabelly olhou para a tela e viu a cena que ali passava, começou a tela a falhar, com pequenos pontos cinza, ela chuviscava, às vezes aparecia a imagem normal, outra hora aparecia a imagem de Isabelly, com lágrima de sangue a escorrer por seus olhos.

Ela deixou a tela daquela maneira e voltou para eu quarto, antigo quarto de hospedes, olhou pela janela do quarto, vindo a seus olhos a imagem do lago ao longe, negro como a noite, brilhante pelo reflexo da lua, qual parecia querer se esconder naquela noite. Isabelly começou a lembrar de cenas que aconteceram ali mesmo.

‘’Um casal discutia nos fundos da casa, com um embrulho nas mãos:

– Eu não sei não...

– Vai Liz, vai dar tudo certo, ninguém vai saber...

– Mas você disse que íamos ir...

– Não vamos mais, agora faça o que eu disse!

Ele entregou o embrulho para ela, mas essa não teve coragem e o entregou novamente o embrulho...

–Não, hoje não!

–Mas Liz – tentou falar ele.

–Não, eu já falei que não, eu não quero isso, mas também posso esperar...

– Você tem certeza, quanto mais tempo pior...

– Eu não me importo, só não quero mais isso! Quero sair logo daqui!¨

Isabelly desviou seu olhar do lago e voltou à atenção para sua cama vazia, puxou os lençóis e ali se acomodou, depois de muito olhar para o teto do quarto, fechou seus olhos, tentando chegar a uma inconsciência inatingível.

Enquanto Kathe se revirava em sua cama, em um pesadelo com um homem que batia nela e em sua mais nova irmã, Jess e Ed sonhavam a mesma coisa, mas em seus sonhos, uma criança, linda e doce, os trazia tristeza e mortes. Essa mesma criança, qual eles não podiam ver o rosto, os davam pena também, pois nada de mal queria fazer, fazendo assim, ao mesmo tempo, todo o mal possível. Jessica acordou preocupada, percebendo que era só um sonho olhou para seu marido, o qual parecia tranquilo ao dormir e pegou novamente no sono, não imaginando ela que assim, que ao dormir, muitos mistérios rondariam sua casa, sua família e colocariam em risco a todos eles.

                                                                                             Próximo Capítulo =>




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