sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Criança - No Hospital



                                      

                                          No Hospital


Hey gente linda, mais um capítulo para vocês, acho que muita gente ficará com mais raiva do Edson, mas só que... Bom, espero que gostem, e que eu ainda tenha leitores, boa leitura, beijos!



Era inicio do crepúsculo quando Edson chegou a casa mexendo nervosamente nos cabelos e dando-lhes a notícia de um terrível acidente doméstico na casa de sua adorável mãe.

Jessica ficou atônica, deixando o pano de prato que segurava cair ao chão, Katherine nada entendeu e Isabelly apenas piscou os olhos brilhantes e azulados.

– O que realmente aconteceu querido? - Pergunta Jesse aflita, sentando-se ao lado dele no sofá de tecido claro e macio.

– Parece que ela escorregou em algo e caiu no banheiro, ficou, não sei por quanto tempo, caída, até que uma amiga sua, que vai com ela a missa todas as tardes a encontrou lá, quase morta.

– Que horrível! Mas ela está bem não está? - Rói as unhas enquanto olha de olhos arregalados para a expressão de certo alívio no rosto de seu marido.

– Sim, parece que quebrou alguns ossos da costela e torceu o pescoço, mas está bem, acordou um pouco antes de eu sair do hospital...

– Como ninguém me avisou? - falou exasperada.

– Do que iria adiantar? Você não poderia largar as crianças aqui e voltar até a cidade Jess, mas fique tranquila, já está tudo bem.

– Eu sei, mas... Mesmo assim, bem que eu percebi que você estava demorando - Falou chateada.

– O que aconteceu? - perguntou Isabelly com seu rosto angelical e seus olhos brilhando, fazendo-se de preocupada.

– A Vovó de vocês... Ela sofreu um acidente...

No momento que Isabelly iria perguntar se ela morreu Jessica completou.

– Mas não se preocupe, ela está bem já!

Isabelly não deixou demonstrar sua decepção, então pegou Kathe pelas mãos e andaram até o andar de cima.

– Você precisa tomar um banho e relaxar querido, vou fazer um chá enquanto isso.

– Ok, obrigado Jess - Diz ele sentindo-se mais uma vez culpado pela maravilhosa esposa que tinha, por que ele não dava valor a ela? Mesmo a amando... Por quê?

Ele foi para o banho de cabeça baixa, quando ensaboava as costas com certa dificuldade o sabonete escorregadio caiu de sua mão, no momento que se abaixou para pegá-lo viu a imagem de uma criança, de cabelos negros e pele suja de sangue o olhando, da porta do box, olhou firmemente, mas a imagem se dissolveu em nada, estaria ele ficando maluco? Devia ser o nervosismo pelo acontecido com sua mãe...

Terminou seu banho tranquilamente, saiu do box com a toalha enrolada na cintura, olhou-se no espelho embaçado e viu uma imagem borrada de um homem frio, arrogante muitas vezes com seus amigos e esposa, e qual sustentava uma amante secreta, qual acabou vendo, atrás de si novamente a criança, desta vez ela sorria, ele passou o mão no espelho embaçado, mas a criança não estava mais ali.

Passou as mãos pelos olhos sentindo-se cansado.

Enquanto isso, alguns quilômetros da casa branca de dois andares, já um tanto velha, rodeada por um terreno de antigas plantações de milho, na cidade vizinha, Carmem se contorcia em seu leito, quando no corredor ao lado, as luzes piscavam de modo estranho, e apenas uma criança andava pelo corredor, seu vestido branco de algodão arrastava-se no piso liso de mármore, seu ursinho de pelúcia marrom avermelhado balançava ao seu lado em sua mão, ela se aproximava aos poucos do quarto, onde Carmem sentia estar em perigo. Chegando a frente da porta, a criança de cabelos longos inclinou a cabeça para o lado direito, observando a porta de plástico, com uma abertura a qual ela não alcançava, coberta por vidro. Com suas mãos pálidas a menina pegou na maçaneta gelada, mas nem isso era sentido por ela, mas nesse momento alguém apareceu ao fundo do corredor, fazendo com que rapidamente a imagem da menina se dissolvesse como em um sonho interrompido, e foi realmente o que aconteceu com Carmem, que acordou de seu sonho intensamente estranho no momento em que a enfermeira abriu a porta do quarto para verificar a pressão arterial dela. Ela estava arfante, mas não deixou transparecer seu medo para a jovem moça que apertava seu braço.

A partir desse dia Edson começou a chegar tarde a casa, sempre com um forte cheiro de álcool e perfume feminino barato, Jessica começou a se perguntar onde estava errando? O que fizera com seu marido para ele se tornar assim?

Teve um dia que ele chegou bêbado e foi até a cozinha, onde Jessica dava de comer as meninas.

– Que bagunça é aquela na sala? – pergunta em um tom mais alto que o normal, olhando para Jessica.

– As crianças estavam brincando, já vou lá arrumar... – Falou Jessica um pouco chocada.

– Não quero saber, quero tudo arrumado quando chego, chego a minha casa e não tenho nem onde sentar com essa bagunça!

– Ed... Elas estavam brincando, não precisa falar assim...

– Arrume logo então! – Falou grossamente mais uma vez.

– Eu arrumo Mamãe, pode deixar! – E assim Isabelly parou com a discussão e foi até a sala arrumar a bagunça de brinquedos, enquanto colocava-os na caixa repetia mentalmente:

‘’Eu não gosto dele, ele não faz bem para a mamãe... Eu não gosto dele... ’’

E assim passavam os dias, com Edson chegando tarde, Jessica nada falava, ele brigava com as crianças, principalmente com Isabelly, a qual ficava quieta mortalmente.

Jessica se recusava a notar os problemas que a família vinha enfrentando, imaginava que era apenas uma fase, que logo Edson se cansaria dessa brincadeira e voltaria a ser carinhoso e atencioso como antes.

Em algumas tardes Jessica saia para conversar com Marcos, sentavam-se no café em frente à escola das meninas e lá apreciavam o gostoso cappuccino da cidade, aproveitando o frio da estação, eram os únicos momentos em que Jessica sentia-se tranquila, não precisava se preocupar com nada, Marcos a fazia um grande bem, ele era uma boa pessoa, ela sabia disso, há muito tempo.

– Jess, o que você sabe sobre Isabelly? Você... Vocês nunca tentaram descobrir quem eram os pais dela? – Perguntou Marcos em uma tarde, logo depois de beber um gole quente de café.

– Não sei Marcos, tentamos descobrir, mas ela nunca ajudou, nunca foi encontrado um registro de morte, nem acidente e nem de nascimento de Isabelly, tivemos que fazer uma certidão para ela por isso, foi bem estranho mesmo ela aparecer do nada, mas não conseguimos mais respostas, aliás, nenhuma mesmo!

– Eu gostaria de saber quem eram os pais dela, ela me parece tão misteriosa às vezes, tão esperta ao mesmo tempo e tão... Eu não sei... Ela me dá medo...

– Marcos! Ela é uma criança, pelo amor, como você pode ter medo dela? – Ria Jessica enquanto mexia em seu biscoito de polvilho.

– Eu não sei. Só a acho estranha...



Quem gostou levanta as mãos o/
Espero que todos tenham gostado viu, aguaardo os comentário de vcs :) Beijinhos!

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