quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Help-me By Love - Prólogo




                                               Prólogo


Eu acabara de sair da casa de minha mãe, já estava tarde, e eu precisava pegar um ônibus, andava pela rua escura de um bairro pobre de Washington, eu gostava daquele lugar a um tempo atrás, mas hoje em dia ele me parecia perigoso, assim como se viam poucas pessoas olhando pelas janelas, ou por trás das cortinas.

Só se ouvia o som de meus pés no chão daquelas calçadas, faltava algumas quadras para chegar ao posto de ônibus mais perto quando ouvi um grito.

–Ah... Não, por favor, não...

Eu já tinha ouvido aquela voz em algum lugar, me aproximei mais da esquina daquela quadra escura, onde virando a direita tinha um beco, era dali que vinham os gritos.

–Cala a boca loirinha, eu avisei, todos avisamos, cadê a grana? – perguntou uma voz grossa e repugnante.

Apressei meus passos em direção ao som, chegando à esquina avistei algo que não imaginava.

–Mas eu não tenho agora, já disse! – Ela choramingava, seus braços estavam presos contra a parede, ao lado de seu corpo, prensados por um homem um pouco mais alto que eu, de corpo grande e costas quadradas.

–Isso não me importa , você pagará de algum jeito, nem que...

Ele olhou-a dos pés a cabeça, me aproximei mais um pouco, ele colocava a mão no quadril dela, essa que fez algo inesperado.

–Você não vai fazer isso!

–Ah – sorriu ele malicioso – Vou sim!

Ele colocou uma mão no rosto dela e essa cuspiu nele.

–Mas que...

Ele soltou um dos braços dela e levantou a mão para um tapa dar-lhe, mas segurei seu braço antes dele tacá-la.

–O que você pensa que vai fazer?

–Não se mete garoto, isso aqui é só meu...

O puxei por um braço, o distanciando dela.

–Eu falei para me deixar moleque – falou ele vindo para cima de mim.

Não pensei duas vezes, eu não era de brigar com ninguém, a única vez que tinha batido em alguém foi em Josh na oitava série por uma menina. Mas quando ele veio com o punho fechado em minha direção, o atingi no estômago, mas enquanto eu observei aqueles olhos conhecidos, por cima do ombro dele, aquela expressão de superioridade não estava mais ali, tinha ali alguém ferido, magoado e que precisa de ajuda, e eu a ajudaria, custasse o que custar, enquanto eu a olhava se encolher encostada na parede de uma casa abandonada, recebi um soco vindo de baixo até meu queixo, me deixando até tonto.

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